Médio Oriente

Rawanduz, o Iraque também tem o seu paraíso | Curdistão Iraquiano

O Vale de Rawanduz no noreste do Iraque

Sou sincero. Desconhecia por completo a existência deste lugar no Iraque. Tomei conhecimento já em Erbil em conversa com um local que me aconselhou fervorosamente a visitar Rawanduz no nordeste do Curdistão Iraquiano. Foi me dito que era uma zona de montanhas, com cascatas e desfiladeiros do melhor que há. Fiquei convencido logo a seguir à palavra “montanhas”.

A dificuldade para mim foi a mobilidade, hoje, teria alugado um carro para explorar o país-não país. E é perfeitamente possível fazê-lo. Cheguei a explorar essa situação, todavia, nesse dia abateu-se uma grande trovoada e decidi cancelar o aluguer. Se estiverem a pensar visitar esta região de forma independente considerem fazê-lo; as estradas no geral são boas e a condução até me pareceu surpreendentemente calma em relação a outros países da região, nomeadamente o Irão.

Viajar de forma independente na Região Autónoma do Curdistão Iraquiano não é difícil, mas pode não ficar muito barato. Os autocarros escasseiam, e o táxi –mesmo podendo ser partilhado- é a única opção. Ainda assim não hesitei um segundo em decidir anuir à sugestão.

COMO CHEGUEI A RAWANDUZ ?

Em táxi partilhado.

Se estiver em Erbil, a capital do Curdistão terá de se dirigir ao ERBIL INTERNATIONAL TERMINAL . Além de ser daqui que partem e chegam as ligações à Turquia , nas traseiras do Terminal há uma paragem de táxis que seguem para vários pontos da região, e creio, do país.

Um pormenor a ter em atenção é que É SEMPRE MELHOR VIAJAR DE MANHÃ pois é quando mais pessoas o fazem e terá mais hipóteses de partilhar o transporte. À chegada há que perguntar aos taxistas qual das viaturas vai para RAWANDUZ e depois…é esperar, se não houver passageiros suficientes para seguir viagem. Já sabem, se forem 4 é a dividir por 4, se forem 2 é a dividir por dois. E se for só 1? Está tramado, tem de asumir a tarifa “normal” na totalidade.

São pouco mais de 100 os quilómetros separam o idílico vale de Rawanduz da Erbil, e em menos de 2 horas chegamos a este lugar que está na fotografia abaixo.

DICA MUITO IMPORTANTE: A palavra em curdo para dizer ao taxista que pretende partilhar táxi e não viajar em privado é: “NAFARAT!”

Desfiladeiro do rio Rawanduz

Mesmo em modo “NAFARAT” não me ficou barata a viagem. Como éramos só 3 passageiros, o preço regular por passageiro obviamente foi um pouco mais elevado do que estava à espera, mas inesperadamente deixei de pensar na carteira à medida que me ia aproximando e honestamente, só pelo caminho valeram a pena os 15000 Dinares Iraquianos, sensivelmente 14€.

Fiquei mesmo entusiamado como uma criança quando se aproxima de um parque de diversões, tanto que pedi ao taxista –após largar os meus companheiros de viagem– para me mostrar as redondezas, que nem um lord!

Também não tinha grandes hipóteses se assim não fosse. A pé iria precisar de pelo menos 2 dias para explorar um pouco melhor a zona.

PODEM VER AQUI EM BAIXO UM DOS MEUS VÍDEOS À CHEGADA:

O QUE VER-FAZER EM RAWANDUZ?

Bem, é uma fácil e difícil resposta, passo a explicar; a informação escasseou e não consegui no pouco tempo que tive recolher dados que me permitissem aproveitar melhor o dia que passei aqui. Além do mais, não ter carro e estar dependente do táxi foi uma grande chatice.

Não tinha assim liberdade de movimentos, pelo que o meu passatempo foi procurar todos os miradouros e vistas e contemplar o máximo possível esta maravilha da natureza. Já a vila de Rowanduz e a cidade de Soran, que estão a meia dúzia de quilómetros, não me pareceram suficientemente apelativas para me fazerem pernoitar por aqui.

OUTRA PERSPECTIVA DO DESFILADEIRO DO RIO RAWANDUZ:

Pelo caminho vindo de Erbil não me posso esquecer de mencionar as castatas do Curdistão mais conhecidas entre os locais, e eu acrescentaria; suis generis. As cascatas de Bekhal.

Imaginem vários fluxos de água que brotam violentamente do interior de uma encosta de forma horizontal. So far so good, right? O giro é que em redor de toda essa violência aquática e esplendor estão restaurantes e lojas de souvenirs. Tantas que cobrem quase na totalidade a vista exterior deste beleza.

Vi também um teleférico, mas era longe e o tempo não me parecia muito convidativo.

Cascatas de Bekhal

No resto acredito que haja aqui boas condições para caminhadas no verão. No Inverno pode ser difícil o acesso devido à neve, no entanto começa a haver infraestruturas como pistas de esqui, alojamentos e até resorts!

Se quiserem a partir daqui dar um saltinho ao meu querido Irão também é possível, a fronteira está a uns escassos 70km e basta para isso ter o visto iraniano no seu passaporte, as estradas são boas e com paisagens de cortar a respiração!

Não que não tivesse vontade de voltar a esse grande país, o Irão –e acreditem a vontade cresce a cada dia que passa– mas o tempo é sempre escasso e daqui segui de novo em táxi partilhado até à cidade de AQRAH, porventura a par de ERBIL a minha cidade favorita no Curdistão Iraquiano e onde um taxista me fez recordar a célebre hospitalidade iraniana.

Caso tenham alguma dúvida ou queiram fazer alguma observação escrevam na caixa de comentários abaixo. Boas viagens!

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