Irão, Uncategorized

Tabriz: A nossa primeira grande cidade no Irão

Chegámos a Tabriz. (Pode ver aqui vídeo com fotos e música de Tabriz).

Foi uma viagem tranquila desde Maku, estrada boa, demorámos cerca de 3 horas e meia para percorrer os cerca de 250km que separam as duas cidades.

Vemos que é uma cidade enorme, principalmente porque é mito espalhada, não existem edifícios muito altos. Há muito trânsito. a primeira coisa em que reparamos é na quantidade de bandeiras do Irão existentes ao longo das ruas. Agora sim, estamos no Irão.

Movimentadas ruas de Tabriz

O autocarro chega à gare, parece-nos que se afastou um pouco do centro, por isso decidimos apanhar um táxi, pedimos num Inglês misturado com linguagem gestual conjugado com o guia do Lonely planet que nos leve perto do centro da cidade ou seja perto do grande Bazar, o senhor lá entendeu…

Teríamos de arranjar primeiro dormida, o que fizemos, e não foi nada fácil, os alojamentos referenciados que tínhamos pelo nosso livro estavam todos esgotados !!

Decidimos optar por uma espécie de backpacker para Iranianos, não foi dos melhores sítios para dormir que apanhámos,  mas era barato (cerca de 8 euros quarto), limpo o suficiente e poderíamos não encontrar por ali outro sítio para dormir.

Bagh guesthouse Tabriz: http://www.lonelyplanet.com/iran/western-iran/tabriz/hotels/bagh-guesthouse

 

Não deixa de ser curioso o facto de neste país com regras rígidas (pelo menos na rua) nas “relações” homem-mulher, reparámos que a casa de banho servia para os dois sexos com todas as situações caricatas possíveis que pode isso desencadear, como no meu caso (Francisco) que fui ao duche em tronco nu (porque nem pensei nas “regras”) e estava lá uma senhora a pentear-se. Houve problemas ? Nem pensar, tudo normal. Disse-me “Salam”.

 

Manequins do Bazaar de Tabriz

Tínhamos pouco tempo em Tabriz, uma tarde apenas, por isso fomos logo em busca do maior bazar coberto do mundo, o bazar da Tabriz património da UNESCO,  pode consultar aqui: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bazar_de_Tabriz.

De facto aferimos a imensidão do Bazar com ruelas e labirintos por tudo quanto era sítio mas como estávamos limitados de tempo fomos sempre em frente digamos assim, não tivemos oportunidade de perdermo-nos o que seria de todo aconselhável neste sítio.

Pistachos do irão, a nossa perdição !
Carla mirando uma montra do Bazar

De seguida apanhámos de novo um táxi que nos levou a uma Mesquita de que gostámos muito, a Blue Mosque ou Mesquita azul, https://en.wikipedia.org/wiki/Blue_Mosque,_Tabriz

Quando construída foi um dos mais gloriosos edifícios daquela época (Séc.XV) sendo praticamente toda coberta em mosaico tradicional de cor azul, o que lhe conferia uma áurea excepcional, contudo um terramoto em 1727 destruiu grande parte, tendo sido restaurada já no séc.XX.

 

E como “o melhor do Irão são as pessoas” como muitos viajantes dizem, nós não escapámos mais uma vez à hospitalidade Iraniana.

Ao regressar ao “hotel” apanhámos outro Táxi. Resultado ? Fomos passear a um jardim muito fixe com um imenso lago no meio rodeado de bancas de vendedores de gelados e famílias a fazerem os seus pic-nics.

Foi maravilhoso apreciar centenas de famílias com as suas crianças brincando por ali aproveitando o calor da noite. Tudo isto patrocinado pelo taxista e por outro jovem passageiro que estava entusiasmadíssimo por ver ali turistas estrangeiros e que queria com muito orgulho mostrar-nos a sua cidade.

Isto é o lado positivo de viajar de forma livre e independente, senão tivéssemos apanhado aquele Táxi jamais teríamos ido ver o Shah goli park.

Obrigado Irão !!! Obrigado Tabriz !!! Até já Curdistão Iraniano !!!

Dicas: Deixe-se perder pelo Bazaar, vá sem pressas.

Nós, o taxista e o jovem estudante !

Deixe um comentário