Médio Oriente, Turquia

Visitar o Curdistão | Roteiro de viagem pelo sul da Turquia e Curdistão Iraquiano | Visitar Turquia e Iraque

Cidade velha de Erbil, Curdistão Iraquiano

Vamos por partes. Onde é o Curdistão ? Bom, o curdistão é uma região no Médio Oriente maioritariamente habitada por pessoas de origem curda que se estende pela Turquia, Síria, Irão e Iraque. Posto isto, convém dizer que “oficialmente” não existe nenhum curdistão -com excepção da Região Autónoma do Curdistão Iraquiano.

Posso concretizar afirmando sem grandes dúvidas que os curdos são uma das maiores etnias do mundo sem terra própria, sem uma nação digna de seu nome que os faça ter um sentimento de pertença, factor este que sempre despertou em mim imensa curiosidade em conhecer este povo, conhecido antigamente pelo “povo que vem das montanhas”.

Deixo-vos assim este roteiro que é apenas uma sugestão e ponto de partida para vocês elaborarem o vosso próprio itenerário.

O MEU ROTEIRO DE VIAGEM :

DIA 1 | CHEGADA A DIYARBAKIR (Turquia)

Cheguei ao aeroporto de Diyarbakir a meio da manhã, pelo que tinha praticamente um dia completo para visitar esta cidade do sudeste turco, muitas vezes apelidada de “capital do curdistão. À chegada apanho um autocarro urbano e peço que me deixem junto da parte mais antiga da cidade. Vejo que a cidade é bem grande, e pareceu me muito pouco interessante na parte nova, com tantas paragens demoro mais de uma hora a chegar ao centro histórico e aí sim, imediatamente Dyiarbakir fez jus à sua condição de importante cidade na história desta região da antiga Mesopotâmia.

Neste dia visitei a sua a sua Grande Mesquita -uma das mais antigas da Turquia construída no século XI em basalto, o seu bazar e praça central -onde os homens se reúnem em pequenos bancos para pôr a conversa em dia e onde ao seu redor podemos encontrar alguns bons sítios para comer a fabulosa comida turca, com um toque curdo à mistura!

Fiquei alojado no HOTEL BIRKENT com uma localização perfeita, um pequeno almoço farto e um preço bem simpático.

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DIA 2 | DIYARBAKIRERBIL (Iraque)

A Grande Mesquita de Diyarbakir

Neste dia estava muito dependente do horário do meu transporte para Erbil, no Curdistão Iraquiano. Sendo de manhã provavelmente teria ficado mais uma noite por Diyarbakir. O ideal para mim é que fosse ao final do dia ou mesmo ao início da noite podendo assim rentabilizar melhor a viagem. E assim foi. Às 17 horas tinha hora marcada para rumar ao Iraque.

E fiquei muito feliz. Pude assim voltar à fabulosa grande Mesquita de Diyarbakir e ainda passar umas horas a seguir ao almoço no antigo caravanserai Hasan Pasha e aí beber dos melhores cafés turcos e fumar uma valente shisha.

Autocarro Diyarbakir-Erbil

Dormida no autocarro

DIA 3 | ERBIL (Iraque-Região Autónoma do Curdistão Iraquiano)

A chegada a Erbil foi emocionante para mim apesar do cansaço. Foi uma longa viagem desde a Turquia. Os procedimentos na fronteira até foram relativamente rápidos, o problema foi uma parte do percurso em que a estrada era mesmo muito má, nomeadamente na região de Cizre ainda na Turquia e antes de chegar à capital curda do Iraque.

Mas vocês já sabem que a viajar o cansaço é coisa que não me assiste, manhã cedo, apanhei um táxi e pedi logo que me pusesse no Centro histórico, que é como quem diz, perto da Cidadela.

O resto do dia foi a confratenizar com o pessoal em redor do bazar e da concorrida praça Bakhi Shar Park.

Parque Bakhi Shar

DIAS 4 a 6 | ERBIL

A cidadela de Erbil vista do Bazar

O segundo dia foi para esmiuçar tudo o que houvesse para esmiuçar na parte velha de Erbil. É verdade que a cidadela propriamente dita no seu interior pouco tem para ver, mas o bazar, e o seu entorno foi o que me fez passar aqui grande parte do tempo.

Sobretudo no que diz respeito a comida foi uma perdição.

Constatação do dia: Engordei no Iraque.

Tinha também planeado visitar algumas coisas fora da old city. Para isso, na manhã seguinte contei com a colaboração de um jovem professor de Inglês iraquiano, o Abdul, que me levou a visitar uma improvável (para mim) e muito interessante feira do livro. Encontrei aqui todo o tipo de literatura, a provar que o Curdistão Iraquiano é bem mais aberto que o resto do país, e porventura outras regiões do Médio Oriente.

Depois de almoçar e de me despedir do Abdul rumei ao Bairro de Ankawa. Aqui vive grande parte dos trabalhadores estrangeiros sobretudo ligados ao petróleo, e simultaneamente reside ainda uma relevante comunidade cristã. Apenso a esse factor reparei que para quem estiver interessado numa vida nocturna mais activa, neste bairro vai ter sorte. Bons restaurantes, bares, discotecas e lojas onde os mais sedentos podem adquirir um vasto leque de bebidas alcoólicas.

Eu e o Abdul
Grande Mesquita Jalil Khiat

Antes de jantar e fumar a shisha do dia no café tradicional Machko, visitei a imponente Mesquita Jalil Khiat e descansei deitado na relva do maior parque da cidade, o parque Sami Abdulrahman.

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DIA 7 | ERBIL – ROWANDUZ AQRAH

Este foi o dia do embasbacanço. Foi o dia em que me surpreendi, foi o dia em que mais desejei não estar aqui sozinho e poder mostrar a paisagem de ROWANDUZ e dos seus impressionantes canyons.

Soube deste lugar graças ao meu amigo Abdul na véspera, e graças a ele percorri parte de uma das estradas mais bonitas que já alguma vez percorri, a Hamilton road.

Tinha previsto dormir por aqui, mas como não encontrei nenhum alojamento a preço razoável para mim decidi apanhar o táxi partilhado para Aqrah mais a norte.

DIA 8 | AQRAHDUHOK

Aqrah revelou-se uma cidade à minha medida. Nem grande nem pequena, nem confusa nem monótona. Logo à chegada fui bem recebido pelos locais que me ofereceram uma boleia até ao centro da cidade.

Tentei aproveitar ao máximo o dia que por aqui passei, bebendo um chá com os locais na praça principal e subindo ao topo de uma colina com ruínas de um antigo forte ou castelo, e de onde se tem uma vista incrível sobre as planícies do Curdistão.

Todavia apesar da boa hospitalidade decidi no momento não pernoitar em Aqrah, os hotéis eram todos longe do centro e com um custo acima do meu orçamento pelo que ao final do dia rumei a Duhok.

DIA 9 | DUHOK

A melhor recordação que tenho de Duhok foram…as pizzas. É uma cidade fronteiriça e bastante comercial, e honestamente não tem muito para ver ou fazer além de comer uma boa pizza na praça principal e ver a vida a correr. O bazar também é interessante, mas não mais que isso.

Basicamente é uma cidade de passagem para a malta que vai e vem da Turquia. O ponto turístico da cidade mais relevante é um lago de uma barragem em que podemos dar um mergulho, mas era Inverno e os 18 graus de máxima não ajudaram muito.

DIA 10 | DUHOK -AMADYIA-DUHOK

Se houve lugar que gostaria de ter passado mais tempo foi aqui nesta cidade com pelo menos 5000 anos, empoleirada no cume de uma montanha que por sua vez está no meio de um vale rodeado por duas cordilheiras lindas.

O problema é que estava sempre dependente de boleias ou pagar a um táxi e os hotéis distam todos do centro, o que para o final da viagem já me saturava um pouco, por isso permaneci por aqui um dia, optando por um bate-volta de Duhok.

Além do entorno idílico, a cidade é conhecida também pelos três reis magos que terão aqui iniciado a sua demanda até Belém para assistir ao nascimento de Jesus.

DIAS 11 a 14 | DUHOK-MARDIN (Turquia)

Mardin, e as planícies da Mesopotâmia

Finalmente Mardin. Antes de iniciar esta viagem tinha apenas duas certezas; visitar Erbil e Mardin. E não poderia ter sido melhor opção reservá-la para o fim, adorei Mardin. Por isso reservei-lhe um artigo que pode ser lido aqui:

Vistar Mardin | Uma colina pintada a cor de mel

Entre monumentos e ruelas estreitinhas empedradas ficaram na minha memória as pessoas, a comida, os hammans e a vista assombrosa para as planícies de antiga Mesopotâmia, terraa frequentemente apelidada de “berço da civilização”.

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