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VIAGEM A ISRAEL E PALESTINA | SUGESTÃO DE UM ROTEIRO DE VIAGEM

Pôr do sol na praia de Telavive

Apresento-vos ISRAEL E PALESTINA. Considerem que vos estou a sugerir um roteiro não para um ou dois países, mas antes para uma região e assim todos ficamos contentes.

Este roteiro não foi pensado à posteriori da viagem mas sim um resumo do que foi a minha passagem por esta fascinante zona do mundo. Muito ficou de fora, verdade, mas quando há limitações de tempo há escolhas a fazer, principalmente se não pretendermos andar a correr. Optei sobretudo por fazer um “mix”, isto é, visitar alguns lugares “obrigatórios” que figuram em quase todos os roteiros -sobretudo em Israel- mas também procurei visitar e ver a Palestina em zonas muito menos visitadas.

Penso que é um excelente itinerário para quem pretende uma visão global do que é a região, a um ritmo adequado. Sinceramente, fiquei com pena de não ter visitado Gaza, o Norte de Israel nomeadamente a cidade de Akka e a região do mar da Galileia – que, mesmo não conhecendo aconselho uma visita, mas pense em incluir pelo menos mais uma semana a este roteiro se o pretender fazer e se tiver tempo para isso. Sendo assim, este roteiro de viagem poderá ser encarado somente como uma ferramenta para que possa fazer o seu, consoante o gosto e o tempo!

DIA 1 e 2: JERUSALÉM (ISRAEL E PALESTINA)

Uma vista sobre o Muro das Lamentações e a cúpula dourada da Mesquita Al-Aqsa

Cheguei a Jerusalém vindo por terra desde a fronteira “King Hussein bridge” com a Jordânia sempre de transporte público.

É uma cidade que dispensa apresentações e tem estado recentemente nas bocas do mundo  mais uma vez. Tanto há a visitar aqui. Logo após chegada e depois do check-in no hostel, apesar de cansado estava tão entusiasmado que fui logo a correr ver o MURO DAS LAMENTAÇÕES.

Depois, e como o dia já estava a terminar decidi rumar em direcção ao MONTE DAS OLIVEIRAS de onde assisti a um fantástico pôr do sol.

No dia seguinte optei por fazer uma visita um pouco fora do habitual mas que para mim fazia muito sentido, visitar o TÚMULO DE OSKAR SCHINDLER.  Pelo caminho encontrei o local onde terá sidoa ÚLTIMA CEIA DE CRISTO e o TÚMULO DO REI DAVID. Para almoçar juntei o útil ao agradável e visitei o MERCADO MAHANE YEHUDA na parte nova da cidadeonde o mais fácil é ceder à tentação de provar, comprar e comer tudo!! Ao final da tarde – e seguindo o sábio conselho do guardião muçulmano- deixei-me deslumbrar pelo ambiente místico da IGREJA DO SANTO SEPULCRO. Até lá chegarcaminhei pela VIA DOLOROSA e pelas lojinhas do BAIRRO ÁRABE.

ONDE DORMIR: ALOJAMENTOS EM JERUSALÉM

 

DIA 3:RAMALLAH (PALESTINA)

Pintura numa casa na “Old city” da capital Palestiniana

Bem cedo tratei de apanhar o autocarro para RAMALLAH desde Jerusalém. Foi relativamente fácil e quando tive dúvidas do local (próximo da PORTA DE DAMASCO em Jerusalém) e qual o veículo certo todos se aprontaram a ajudar-me.

RAMALLAH é a cidade sede da Autoridade Palestiniana, que é como quem diz, a capital. Foi surpreendente para mim aferir no local a proximidade com JERUSALÉM, chega a parecer que nunca saímos de uma cidade para entrar noutra não fosse um “raio” de um muro e um checkpoint a separar as duas cidades.

Posso agradecer ao CHECKPOINT DE QALANDIA o facto de ter demorado perto de 1hora para percorrer pouco mais de uma vintena de quilómetros. Mesmo assim, cheguei muito cedo e fui logo visitar o MEMORIAL DE YASSER ARAFAT situado naquilo que foi o seu Quartel general durante décadas.

De tarde fiz-me ao seu pequeno centro histórico, onde joguei à bola com miúdos e descobri um mercado fabuloso.

ONDE DORMIR: ALOJAMENTOS EM RAMALLAH

 

DIA 4 e 5: NABLUS (PALESTINA)

O Rei do KUNEFAH (doce tradicional do Médio Oriente) é em NABLUS na Palestina!!

Cidade um tanto quanto desconhecida aqui da malta do Ocidente. Contudo foi outrora muito importante principalmente no comércio. Nos dias mais recentes foi palco de investidas por parte do exército israelita pois mantém uma forte ligação com a resistência palestiniana na sua vertente mais moderada. Tem um centro histórico muito bonito, cheio de ruelas e túneis em pedra onde por acaso descobri um dos HAMMANS MAIS ANTIGOS DA REGIÃO e que me faziam tratamento completo por…8€.

Uma das minhas curiosidades também era em ver uma das suas FÁBRICAS ARTESANAIS DE SABÃO, no entanto com a crise e muitas dificuldades que os palestinianos têm em exportar muitas faliram, sobrando alguns resistentes que fazem pequenas quantidades para lojas “gourmet” ou para exportar apenas para o mercado do Médio Oriente.

Cidade com um custo de vida bem mais baixo que as restantes por mim visitadas, com um BAZAR FABULOSO, comida barata e pessoas muito hospitaleiras. Era o único turista por aqui, e fui muitas vezes por isso o centro das atenções no bom sentido. No topo de uma das suas colinas está situado o BAIRRO DOS SAMARITANOS uma das suas últimas comunidades do mundo e que convivem em plena harmonia com os restantes habitantes.

Foi talvez por tudo isto que VISITAR NABLUS foi a MAIOR SURPRESA deste roteiro.

ONDE DORMIR: ALOJAMENTOS EM NABLUS

 

DIA 6: HEBRON

Uma rua de Hebron disputada por Israelitas e Palestinianos

Vamos ver. Hebron não é uma cidade fácil. Aqui sente-se tensão e algum negativismo, e devido ao facto de ser a única cidade na região em que há uma espécie de “colonato” israelita no seu centro histórico, dá azo a conflitos. Mesmo assim, e tendo consciência de alguns riscos, decidi visitar. Em boa hora o fiz pois deu para entender um pouco as dinâmicas deste autêntico jogo de xadrez mais radical com que os dois lados da barricada se entretêm no seu dia-a-dia.

Tinha como “alvo” visitar o TÚMULO DOS PATRIARCAS ou MESQUITA DE IBRAHIM (Recentemente considarado(a) Património UNESCO em conjunto com o centro histórico da cidade  – onde segundo a tradição judaica estarão sepultados Abrão (ou Ibrahim para os muçulmanos) Isaac, Jacob e suas respectivas esposas Sarah, Rebecca e Leah. 

O lugar é um centro de peregrinação para as três religiõs monoteístas, sendo mesmo o segundo mais sagrado para os Judeus a seguir ao Monte do Templo em Jerusalém, e o quarto mais sagrado para os muçulmanos.

No resto, a cidade no seu centro histórico parece uma cidade fantasma, os palestinianos foram embora depois de tomado o controlo pelos israelitas e como consequência o bazar tem as lojas quase todas fechadas. No próprio centro  existem checkpoints e os palestinianos são bastante controlados. Assisti a uma manifestação e subsequente tiroteio, não foi agradável mas fiquei a perceber que é rotina à sexta-feira. Sabendo respeitar os “espaços de conflito” nada há que recear.

Túmulo dos Patriarcas OU Mesquita de Ibrahim

ONDE DORMIR: ALOJAMENTOS EM HEBRON

 

DIA 7 e 8: BELÉM

Pintura no Muro em Belém

Depois de uma intensa experiência em Hebron rumei a Belém, cidade onde se considera ter nascido Jesus Cristo. Logicamente tinha algum interesse em visitar especificamente a IGREJA DA NATIVIDADE. apesar de não me considerar um religioso as tradições culturais e familiares assim me impeliam.

O que posso dizer…não foi agradável. Nada agradável no sentido em que era uma multidão de gente que não se rompia e muitos não se sabiam comportar num lugar que certamente será de extrema importância para alguns. Muito barulho, muita confusão, atropelos…Poderei ter tido azar no momento.

Mas a minha visita a Belém tinha outro propósito maior. Visitar o CAMPO DE REFUGIADOS DE DHEISHEH.  Não só o visitei, como fiquei ali a pernoitar. Primeiro em casa de uma família e depois no CENTRO CULTURAL IBDAA. Foi uma experiência de muita aprendizagem e descoberta.

ONDE DORMIR: ALOJAMENTOS EM BELÉM

 

DIA 9,1O e 11 e 12: JERUSALÉM E TELAVIVE

Ponte dos desejos em Jaffa-TELAVIVE

Regressado de Belém fiz uma paragem em JERUSALÉM para me despedir dessa fantástica cidade e rumei a TELAVIVE que no momento em que escrevo este texto “é, e não é” a capital de Israel.

É uma cidade com uma vida ou “vibe” -utilizando um estrangeirismo- brutal, sem dúvida. RESTAURANTES para todos os gostos, MERCADOS, PRAIA, HISTÓRIA e ARQUITECTURA, e muita ARTE DE RUA. Fiquei com uma relação amor-ódio a esta cidade, tudo devido à sensação de estar numa bolha. É segurança por todo o lado, miúdos fardados armados são muitos nas estações e nas ruas, pessoal a correr de espingarda, aviões constantemente a patrulhar a praia, é todo um jogo que COMPREENDO mas não me é agradável.

À parte disto que é uma opinião muito pessoal e vale o que vale, tenho a certeza que irá adorar passear pelo REJUVENESCIDO BAIRRO FLORENTÍN, ir em descoberta do dos edifícios Património UNESCO “BAUHAUS”, passear ao pôr do sol no PORTO DE JAFFA e depois jantar no FLEA MARKET. Á noite vá beber um copo a um dos bares na AVENIDA ROTHSCHILD e comprove porque dizem que TELAVIVE é uma das cidades do mundo com melhor “nightlife” do mundo.

Não se vão embora sem antes dar um pulo ao CARMEL MARKET  e encher-se de prendas para levar para casa.

ONDE DORMIR: ALOJAMENTOS EM TELAVIVE

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ESPERO QUE VOS TENHO DADO IDEIAS PARA UMA VIAGEM UM POUCO DIFERENTE DO HABITUAL A UMA REGIÃO FASCINANTE POR TUDO O QUE REPRESENTA PARA A HUMANIDADE, QUALQUER DÚVIDA DEIXEM COMENTÁRIO ABAIXO E ESTAREI DISPOSTO EM AUXILIAR.

BOAS VIAGENS!!

Francisco Agostinho

One Comments

  • Reply

    Carla Francisco

    11 Setembro, 2018

    Gostei muito. Obrigado pelas dicas

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